O dia mais curto

No próximo dia 15 de dezembro 2021, pelas 17h30, o Centro Cultural Penedo da Saudade, em parceria com a Agência da Curta Metragem e com a colaboração da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, transmitirá a sessão de Novas Curtas Portuguesas, assinalando “O Dia Mais Curto” – festa que celebra o cinema no formato curto em todo o mundo.

Na ESTeSC, a sessão decorre no anfiteatro Cristina Girão (participação livre), onde serão exibidos três curtas:

 

The Shift, de Laura Carreira · Portugal · Reino Unido
2020 · FIC · 9’

Anna, uma trabalhadora temporária, passeia o cão de manhã antes de ir às compras. Vagueia pela secção de produtos com desconto do supermercado, tentando encontrar os mais acessíveis. À medida que se aproxima da caixa, a agência liga; perdeu o turno. The Shift procura capturar a condição vulnerável de um trabalhador temporário e revelar as consequências imediatas da distância perigosamente curta e sempre presente que separa emprego e pobreza, segurança e tumulto.

O Teu Nome É, de Paulo Patrício · Portugal
2021 · ANI · 24’

Um olhar sobre o caso do assassinato de Gisberta Salce Jr., transexual, seropositiva, toxicodependente e sem-abrigo que foi violentamente torturada durante vários dias por um grupo de 14 adolescentes no Porto, em 2006. Com testemunhos de amigas transexuais de Gisberta, assim como entrevistas inéditas a dois dos envolvidos no caso. Abordando conceitos como memória, violência, condição social, discriminação e identidade de género, “O Teu Nome É” confronta dessa forma diferentes perspetivas e dimensões da condição humana.

Sortes, de Mónica Martins Nunes · Portugal · Alemanha
2021 · FIC · 39’

Velhos montes vão caindo vagarosamente sobre a terra. A mesma terra da qual um dia foram erguidos. E sem protesto, voltam a ser só chão, como se não tivessem abrigado gerações de gente lavrando, semeando, ceifando, amassando e comendo o fruto do duro trabalho. Fingindo não ter escutado as estórias, modas, décimas e outras poesias; e testemunhado a seca, o abandono, a fuga para a cidade. Sortes acompanha a vida dos restantes habitantes e seus animais, espalhados pela Serra de Serpa no Baixo Alentejo. Ao ritmo do trabalho do campo e pela voz dos poetas populares, torna-se retrato dos que ficaram e réquiem aos que foram.